Sou Importante no Mercado!, por José Luis Costa

“O tempo, ainda que os relógios queiram convencer-nos do contrário, não é o mesmo para toda a gente” José Saramago (1922-2010) A minha gestão comporta uma responsabilidade: saber tomar boas decisões no momento oportuno. E uma obrigação: ter uma visão clara e permanente da evolução da empresa. Claro que a sua evolução será sempre afetada por múltiplos fatores externos, que se podem resumir em mudanças sociais, tendências, pressão de um ou vários concorrentes que me querem pôr à prova e as próprias crises no mercado. Mas mesmo nas circunstâncias mais difíceis procuro inspirar e motivar. Sabendo que “cada um faz a sua sorte” (Ápio Cláudio Cego) pois os grandes capitães definem-se nas grandes tempestades. Não esqueço os fatores externos negativos, a habitual desculpa dos perdedores pela sua própria incompetência, porque a empresa, como corpo vivo em permanente movimento, passa ao longo do seu percurso por diferentes etapas onde se perfila o seu futuro ou o seu fim: ou cresce sustentadamente ou incha e para em tempo mais ou menos próximo rebentar. Não desejo como gestor diluir a realidade, antes clarificá-la, pois a distração no decidir pode levar ao dissabor de ter perdido uma oportunidade de afirmação num mercado de grande exigência e rigor. Como tenho consciência da evolução do meu clube, e com quem trabalho, consigo com conhecimento e experiência não ter medo da luz que projeta desenvolvimento e inovação: o incontornável progresso contra a pesada estabilidade permite-me compreender nitidamente as sombras que poderão toldar a sustentabilidade da empresa. Se desejo ter futuro na vida empresarial devo afastar a exclamação do “Isso não é possível!” para agarrar a interrogação...

AGAP Um Novo Ponto De Partida… por José Luis Costa

“Aquele que não prevê as coisas longínquas, expõe–se a desgraças próximas.” Confúcio Os atuais Corpos Sociais (CS) da Associação de Ginásios e Academias de Portugal (AGAP) candidataram-se ao biénio 2016/17 com uma Missão aglutinadora de apoiar, com transparência, todos os associados, promover a prática do exercício físico e garantir a qualidade do serviço prestado ao consumidor. Definindo também como Visão mobilizadora ser o ponto de convergência da prática do exercício físico em Portugal. Para o novo ciclo projetado para a AGAP dois grandes objetivos foram estabelecidos: alargamento do seu âmbito a todos os operadores no mercado e aumento da taxa de penetração da atividade física a mais pessoas, a praticar mais ativamente com maior frequência. Segundo o Barómetro Mercado de Fitness, publicado anualmente pela AGAP, “o mercado português de fitness cresceu 13% em 2015, somando assim 730 mil pessoas, o que equivale a 7,1% da população total e 8,3% com mais de 15 anos. Enquanto isso, o número de ginásios aumentou para 1.365, levando a uma média de 537 membros por clube no final de 2015. Este número relativamente baixo é explicado pelo facto de que Portugal tem uma percentagem relativamente grande de pequenos clubes, com 11% com menos de 200 m² e 34% entre 200 e 500 m².” Também aponta para que “as nove empresas líderes do mercado possuem 95 clubes no total, ou 7,0% das instalações em geral, mas mais de 30% em membros. O número total de trabalhadores em Portugal é estimado em 11.900 empregados na indústria, com base numa média de 8,7 funcionários por clube na amostra”. Portugal com uma mensalidade bruta média de € 36,3 situa-se...

Cuidar de nós, pensando nos outros

“A consciência limpa serve de travesseiro macio.” (Dalai Lama) Ser uma empresa de responsabilidade social não deve estar relacionado com um específico setor empresarial, à dimensão do negócio que o envolve ou a uma definida localização da empresa. Antes a uma interessada integração na comunidade, com uma ativa cultura de solidariedade, marcando um interventivo posicionamento no mercado local. Se o nosso reconhecimento é conquistado pela qualidade de serviços e produtos junto de quem em nós confiou, também não devemos esquecer de outros, menos favorecidos, que nos rodeiam no nosso labor diário. Neste setor o tema de responsabilidade social não tem sido muito debatido nos múltiplos eventos organizados. Focando liderança, trabalho de equipa e motivação como traves mestras para marcar a diferença, não se tem valorizado para um negócio mais sustentado a cooperação com outras entidades ou organizações que prestam serviços relevantes à comunidade local. Integrados num setor de serviços por excelência são os colaboradores que assumem uma grande relevância na divulgação da cultura do clube junto aos clientes. Quanto mais assumido o relacionamento interpessoal, como base de aglutinar todos os envolvidos no negócio, melhor se perceberá a importância da sua participação em projetos sociais. Para que tal aconteça, o clube deve integrar-se gradualmente na comunidade desejando afirmar-se como uma referência na zona onde desenvolve a sua atividade. Procurando parcerias com a Junta de Freguesia da localidade, empresas fornecedoras de produtos/serviços e contando com o apoio dos profissionais deve projetar o seu Plano Anual de Ação tendo como elemento orientador o Código de Conduta do Voluntário. Através de uma atitude aberta, dentro e fora das instalações, um clube com espírito...

Comunicar para mobilizar! José Luis Costa aborda sua importancia

“Procure primeiro compreender, depois ser compreendido” Stephen Covey A comunicação numa empresa é fundamental para o sucesso do negócio. Sem mobilizar os profissionais para a sua cultura os serviços prestados chegam ao cliente mais por vontade individual. Qualidade, Serviço e Preço só resultam quando o foco da nossa missão é o relacionamento baseado numa comunicação de excelência. Uma empresa sem plano de comunicação não pode ambicionar senão à sobrevivência. Para que tal não aconteça tem de implementar vários níveis de comunicação interna. Começando por uma informação clara e objetiva, sabendo escutar e responder adequadamente ao questionado, acrescente valor numa base sólida ao desempenho dos recursos humanos. Tal como uma comunicação atuante passe por estruturar as ideias pedagogicamente, adaptando-as às características do interlocutor e expondo os conceitos de forma acessível. O nível seguinte, persuasão, foca o processo de comunicação no envolvimento pelo diálogo e comprometendo o profissional na concretização dos objetivos definidos. E, finalmente, a mobilização inspiradora para uma empresa referência desenvolvendo a implementação de uma estratégia de comunicação abrangendo toda a organização. Para o envolvimento profissional e emocional dos colaboradores deve ser aplicado um plano de comunicação bem estruturado. Do qual faça parte o tipo de reuniões, e sua periodicidade, plano anual de reuniões, canais de comunicação interna, partilha de informação e estratégia para o crescimento da equipa. Saber comunicar permite pensar, propor e criar condições para desenvolver um trabalho competente aglutinando esforços e vontades numa empresa com futuro.   José Luis Costa é advisor da All United Sports, Presidente da Assembleia Geral da AGAP e um especialista em mudança organizacional e recursos humanos com mais de 35 anos...