Prescrição do exercício: evidências e tendências atuais

Prescrição do exercício: evidências e tendências atuais

Um presente futuresco! – Dada a importância da saúde física e mental da população para o desenvolvimento social e económico, as ações para a promoção da actividade e do exercício físico proliferam. Consistente com esta perspetiva, o sector do fitness em Portugal tem vindo a crescer de forma muito rápida, e como era expectável, o desenvolvimento neste segmento tem sofrido uma evolução inquestionável: emergem múltiplos operadores no mercado, profissionais mais qualificados, serviços diferenciados, equipamentos de fitness atrativos e intuitivos, em suma inúmeras estratégias para seduzir, captar e fidelizar os praticantes ao exercício. Face a este panorama, a generalidade das recomendações para a prática do exercício permanece fiéis a inúmeros estudos epidemiológicos, biomédicos ou bipartidos, centrando a sua atuação em duas considerações; (a) melhoria da condição física e/ou saúde; (b) prevenção ou minimização do risco de doença, estabelecendo desta forma uma causalidade entre os benefícios do exercício físico e da saúde. Se a informação é um dos principais insumos para a tomada de decisão nas organizações, porque permanecem enraizadas a um paradoxo incongruente? – Tanto os operadores, como os profissionais do exercício, entre muitos outros, enfrentam diariamente um dos maiores desafios (se não o maior): aumentar o número de praticantes de exercício. Urge, por isso, procurar romper paradigmas na busca daquilo que tanto procuramos. Procurar aquilo que já se tem! – Portugal, tem aproximadamente 688.210 mil consumidores ativos de exercício físico, tendo havido em 2019 uma taxa de penetração de 6.7% (592.834 consumidores ) face ao ano 2018 . Contudo verifica-se, no vértice oposto 292.390 cancelamentos/desistentes (Pedragosa, V.,  Cardeiro E., 2020), indicadores claros e ilustrativos que estamos a caminhar para...