A construção de uma marca
por Hélder Ferreira (Fundador e CEO da Fitness Up) Hélder Ferreira, fundador da Fitness Up, é um sonhador incansável naquilo que têm sido os projectos que o têm agarrado ao longo da vida. Obcecado por tornar o Fitness Up um projeto relevante tanto a nível nacional como internacional desde 2012, tem vindo a expandir a marca de forma exponencial, existindo actualmente 31 ginásios a nível nacional e mais unidades prontas a abrir. A ambição de dar aos seus uma vida melhor, juntamento com a experiência que adquiriu no ramo do fitness, foram os grandes motivadores para o projecto Finess Up começar e florescer. O seu objectivo era criar um conceito que fosse claramente diferenciadora e que oferecesse outro tipo de experiência aos consumidores, e para isso um dos seus segredos sempre foi não se inspirar em ninguém, não olhar para a concorrência, mas sim perceber o que deve ser feito olhando para dentro, e procurando descobrir os erros e melhorando todos os dias “para que no dia a seguir sejamos melhor do que do que ontem e amanhã melhor que hoje”. As bases essenciais para o sucesso e o crescimento de uma marca acredita que passa primeiro por todas as pessoas dentro de uma empresa terem uma visão muito clara daquilo que pretendem. Existirem metas muito bem definidas e os objectivos de onde querem chegar e quando o querem fazer. Depois ter uma cultura muito cimentada naquilo que são os 4 pilares que considera fundamentais: planeamento, organização, liderança e controlo. “Nós planeamos o ano, planeamos o mês, planeamos o trimestre, planeamos a semana e planeamos o dia”. Na opinião...
O novo processo de vendas na industria do fitness. O que mudou?
por Bruno Baliza (Diretor operacional do Fitness Hut – Grupo Vivagym) O processo de venda na indústria do fitness tem vindo a sofrer alterações ao longo dos anos, e o que se verifica é que houve um especial aceleramento destas mudanças nestes últimos dois anos, tanto a nível do tipo de cliente, como no próprio processo da venda como nas tecnologias de suporte utilizadas. O novo cliente: A pandemia obrigou os clubes a mudarem o seu mindset relativamente ao seu cliente. Os clientes que tendo passado vários meses mantendo a sua actividade física à distância, de forma online ou outdoor perceberam que podem ter mais e melhores alternativas de treino. Isto obrigou por exemplo a que o produto vendido e oferecido pelos clubes se tivesse de tornar mais personalizado a cada membro, e muito menos generalista. Também a velocidade com que as equipas comerciais dos clubes têm agora para contactar o potencial cliente se alterou: se antes havia uma margem de 48h para contactar um cliente após um primeiro contacto, hoje tem-se talvez algumas horas antes de outra marca o contactar. Isto acontece porque hoje o cliente, após estes dois anos, ganhou uma maior predisposição e confiança para comprar online. O novo processo de venda: É a ancoragem criada pelas marcas através do Marketing que ajuda ao processo de prospeção de cliente e de fecho. O novo mundo online e principalmente as várias redes sociais permitem ao cliente um maior contacto com as marcas, conhecer, perceber a opinião de outras pessoas, o que a marca representa e entrega, etc. Algo que antes só era possível caso o cliente experimentasse...
Resumo do Barómetro do Fitness em Portugal para 2020 e o parâmetro preço para 2021
O impacto do Covid_19 contrariou a tendência crescente que o mercado do fitness apresentou nos últimos 3 anos, 2020, 2019 e 2018 (Pedragosa & Cardadeiro, 2021; 2020; 2019). Realizando uma comparação entre os dois últimos anos consecutivos, 2020 e 2019, verificou-se que o número de clubes decresceu 27% (1100 clubes em 2019 para 800 clubes em 2020), o número de praticantes decresceu 29% (688 210 praticantes em 2019 para 491 355 praticantes em 2020), o volume de faturação decresceu 42% (289 371 mil euros em 2019 para 167 408 mil euros em 2020), o número de trabalhadores (instrutores e staff) decresceu 15% (20 012 em 2019 para 16 952 em 2020) e a taxa de penetração no mercado, para 10,3 milhões de habitantes, decresceu 1.9 pontos percentuais (6.7% de 2019 para 4.8% em 2020). Para além da análise dos parâmetros mencionados, verificou-se que o preço médio da mensalidade (incluindo IVA à taxa em vigor) e as taxas de retenção também foram fortemente afetadas pelo impacto da pandemia. O parâmetro preço decresceu 20% (37,71 euros em 2019 para 30,25 euros em 2020). No entanto, deveremos salientar que desde 2018 existe uma tendência de decréscimo do preço, ano em que atingiu o valor máximo de 39,96 euros. Relativamente, à taxa de retenção do setor em geral, contrariamente ao preço, desde 2018 que apresentou resultados de melhoria (2018 35%; 2019 40% de retenção dos sócios-membros, ou seja, em cada 100 sócios-membros 40 ficavam no clube ao longo de todo o ano). Em 2020 a taxa de retenção foi de 2%, ou seja, em cada 100 sócios-membros dois ficaram no clube, não cancelando...